Essa é uma sequencia de posts que conta como foi nossa mudança aqui para a Inglaterra, clique AQUI para ler os anteriores.
OS PRIMEIROS DIAS EM LONDRES
Lembro de ter chegado às 15h e já estar escurecendo, essa foi uma das coisas que mais nos preocupava, pois aqui em Londres no inverno escurece muito cedo, e esse horário já estava tudo escuro, tipo 22h no Brasil! Uma tristeza.
Do aeroporto de Londres fomos direto para o apartamento que a empresa que meu marido trabalha alugou pra gente.
Assim que chegamos no apartamento, já deu uma dorzinha no coração: o bairro não era tão legal e o apartamento apertadinho e sem janelas, mais triste ainda. Escolhemos aquele bairro, pois era uma das opções para morar, mas já no primeiro dia riscamos ele da nossa lista!
A BUSCA PELA CIDADE PERFEITA
Nos dias seguintes saímos para conhecer as outras opções de local para morar, meu marido começaria a trabalhar na semana seguinte, então, precisávamos correr com essa decisão.
Cada dia íamos para um lado, estávamos com um carro alugado e saímos o dia todo atrás do lugar ideal.
Não queríamos um bairro triste e quieto, pois como não pretendo arrumar um emprego enquanto estiver fora do país, passaria muito tempo em casa, então queríamos um bairro que tivesse vida e fosse legal para o Antonio, afinal, viemos para ficar aqui por no mínimo três anos!
Cada dia era uma decepção nova: o povo aqui gosta de morar no meio do nada, sem barulho, sem gente, num monte de fazendas e casas afastadas. Deus que me livre!
Londres já tínhamos tirado da nossa lista, além de ser caro, casas com quintal para as cachorras são quase inexistentes por lá, então, começamos a visitar cidades ao redor dela, até que resolvemos ir ao litoral.
DECIDINDO MORAR EM BRIGHTON
Qual seria o problema? Papai trabalha fora de Londres, trinta minutos do litoral, Londres fica há uma hora de distância. Ok! Vamos conhecer.
Já na entrada o coração pulou! Papai me olhou com carinha de “tô gostando” e estacionamos o carro. Foi amor à primeira vista!
Aquele mar, aquele sol, aquelas pessoas jovens, sorrindo, curtindo o fim de tarde, bebendo seu vinho na praia, passeando pelo píer.
Soltei logo um: “Amor, pelo amor de Deus, quero morar aqui”. E foi assim que escolhemos Brighton, nosso amorzinho.
Voltamos para casa saltitantes.
A BUSCA PELA CASA
Papai é lunático por pesquisas e planilhas, chegamos no apartamento e ele foi logo procurar casas, eu fui pesquisar a cidade e já mandamos e-mail pra empresa que estava procurando casas pra gente, avisando que queríamos Brighton e que não precisava mais procurar em outras cidades.
Meu marido começou a trabalhar e eu fiquei no apartamento, os dentes do Antonio começaram a nascer e eu mal conseguia comer por falta de tempo.
Passei dias sem sair de lá, ia no mercado de vez em quando, mas nada demais!
Pra ajudar, o chão era de madeira e rangia a cada passo, ou seja, se quisesse o Antonio dormindo, não podíamos caminhar pelo apartamento que era quarto e sala, minúsculo hehe. Foi terrível!
Jamais vou esquecer da gente andando por cima dos sofás pra não pisar naquele chão desgraçado hehe.
O que salvava era saber que tínhamos certeza de onde queríamos morar, porque ficar num apartamento, de trinta metros quadrados, escurecendo às 3 horas da tarde, -5 graus lá fora, era de desanimar qualquer um.
Cansamos do climão daquele apartamento e pedimos para a empresa nos mudar para um apartamento em Brighton, demos a desculpa que queríamos ir nos adaptando à cidade e eles aprovaram, graças a Deus!
Entre uma visita de casa e outra, aproveitávamos para conhecer Londres, afinal tudo era novo pra gente.
No próximo post contarei para vocês sobre a procura da nossa casa ideal e nossa saída do apartamento macabro e barulhento.
: )